Você sabia que a toxina
botulínica pode ser usada na Odontologia?

O uso da toxina na odontologia

Na odontologia, a toxina foi implementada após sua regulamentação pelo Conselho Federal de Odontologia (resolução 112/11), atribuída como coadjuvante ou como principal tratamento de diversos procedimentos orofaciais, devido ao bloqueio do neurotransmissor acetilcolina, que estimula os músculos (estriados e lisos) e secreção de glândulas, como,  por exemplo,  as sudoríparas.

Os efeitos do uso?

É importante compreender que o efeito não ocorre imediatamente. Seu efeito inicia, normalmente, no segundo dia e estabiliza em até 14 dias.  A duração depende da força dos músculos tratados e das dosagens ministradas, sendo essa duração de 4 a 6 meses, devido à formação de novas terminações nervosas.

As finalidades do uso da toxina

Dentre as diversas finalidades da toxina, podemos citar seu uso no controle do bruxismo, onde injetamos toxina em alguns músculos da face a fim de minimizar a tensão/força que provoca o ranger dos dentes, evitando o desgaste dental, a fadiga muscular e cefaleias secundárias ao bruxismo. Outras indicações que podem ser citadas são:

• Correção de assimetrias faciais e do sorriso gengival (exposição acentuada da gengiva);
• Tratamento de sialorréias (salivação em excesso) e Cefaleias causadas por DTM;
• Como método preventivo em implantes de carga imediata;
• Dentre muitas outras possibilidades.

Preenchimento Facial

O ácido hialurônico é uma substância orgânica encontrada na matriz extracelular. À vista disso, torna-se muito segura quando aplicada em procedimentos estéticos e odontológicos.

O efeito preenchedor ocorre, principalmente, pelo volume gerado pelo produto injetado, mas tem-se demonstrado que ocorre ativação e depósito de fibroblastos na derme, estimulando assim a produção de colágeno.

As indicações do ácido hialurônico são:

• Biomodelação labial: correção de assimetrias, perda de volume e contorno dos lábios.
• Correção de assimetrias da maxila, mandíbula e mento.
• Atenuação de rugas e sulcos, sendo principais os sulcos nasogenianos (“bigode chinês”), ruga melomental (“rugas da marionete”) e rugas perilabiais (“rugas código de barra”)
• Papilas dentais: correção de black space
• Queilite angular

Os preenchedores estão contraindicados em caso de gravidez, lactação, pacientes com doença autoimune não controlada, imunossupressão e tratamentos com interferon.

Para maior conforto do paciente, o procedimento é realizado com anestesia local, um diferencial dos cirurgiões-dentistas, porém,  alguns preenchedores já possuem, em sua fórmula, anestésico a fim de melhorar a dor durante a aplicação.

No pós-operatório, podem-se aplicar compressas de gelo, alertar ao paciente para não comprimir a região, nem massagear, a fim de evitar edemas e eritema, visto que são as complicações mais comuns após aplicação com ácido hialurônico. O efeito colateral mais grave é a necrose local, porém, na literatura,  é o menos citado.

A durabilidade do procedimento é entre 6 e 12 meses, variando em relação ao material utilizado, técnica e outros fatores externos, como idade cronológica, doenças existentes, nutrição, entre outros.